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Onça - Pintada e Onça - Parda

08/07/2010 21:21

  Onça-Pintada

Onça-Pintada

 

A onça-pintada (Panthera onca), onça, jaguar ou jaguaretê é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira, tendo hábito diurno, e sendo territorialista, necessita ocupar um território de 10 a 40km²; ela move-se silenciosamente, com cabeça abaixada: as manchas de seu pêlo constituem uma perfeita camuflagem. Assim como o tigre, e ao contrário da maioria dos felinos, ela nada freqüentemente, atravessando rios e riachos. Habita florestas úmidas às margens de rios e ambientes campestres desde a Amazônia e Pantanal até os Pampas Gaúchos. Ela é atualmente encontrada das planícies costeiras do México até o norte da Argentina, habitando áreas de vegetação densa, abundância de água e alimentação; áreas tropicais e subtropicais, cerrado, caatinga e pantanal. Elas vivem em buracos de troncos caídos, em grutas ou sobem nas árvores para poder descansar em paz.

Distribuição Geográfica

A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta. Seu habitat preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas e savanas, sendo fortemente influenciada por regiões com corpos de água frequentadas por suas presas preferidas. Já foram encontradas em regiões acima de 3 800 m de altitude, mas temem as regiões montanhosas. Existe em praticamente todos os países da América continental:Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica (particularmente na Península de Osa), Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Estados Unidos e Venezuela. Está extinta em El Salvador e no Uruguai. No Brasil, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS(Parque Estadual do Turvo, aproximadamente de 4 a 6 exemplares), SC, SP e TO. A inclusão dos Estados Unidos na lista é basicamente devido a avistamentos ocasionais, no sudoeste, principalmente no Arizona, Novo México e Texas.

Características Físicas

A onça-pintada se parece muito, à primeira vista, com o leopardo. Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas(manchas de cor dourada, com bordas pretas) menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais. A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar no máximo em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha(linha do ombro) é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas. A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 10 a 40 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas. A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas. Apesar de ser tão temida é difícil encontrar casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felino, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.

Alimentação

A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais   possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás e até mesmo jacarés.                 A onça é também uma boa pescadora, ao ver um peixe ela simplesmente se joga na água e mata o peixe com arranhões e mordidas. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jibóias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.

Reprodução

As onças-pintadas são solitárias e territorialistas e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.                                                                                   Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.                                                                 O acasalamento dá-se entre os meses de Agosto e Setembro, ao nascer, o filhote pesa quase 1 kg.  Com seis semanas já vai caçar, ficando com a mãe até o 1º ou 2º anos de vida. Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da mãe, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim viverem sozinhos.

Status de Conservação

Atualmente, é classificada, pela IUCN, como quase ameaçada, indicando que pode estar em perigo num futuro próximo. O grande declínio do seu habitat no norte e a fragmentação nas outras regiões, contribuíram para o estado de ameaça iminente. Na década de 1960, houve uma diminuição significativa no número de indivíduos, pois anualmente mais de 15 000 peles foram exportadas ilegalmente da Amazônia Brasileira. A implementação do CITES, em 1973, resultou numa forte queda do comércio de peles. Estudos detalhados realizados pela Wildlife Conservation Society, mostraram que a espécie perdeu 37% da sua distribuição histórica, e possui um status de conservação desconhecido em 17% do seu habitat atual. Mais encorajador, a probabilidade de sobrevivência a longo prazo é considerada alta em 70% de seu habitat, notadamente nas regiões da Amazônia, do Gran Chaco e do Pantanal. As maiores ameaças à onça são o desmatamento por todo seu habitat, a caça pela pele, a fragmentação dos habitats e o comportamento dos pecuaristas, que frequentemente caçam ou envenenaram as onças-pintadas para tentar proteger o gado.

Onça-Preta

           

Onça-Parda

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